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Rede pública de ensino de SP está sem auxílio psicológico para estudantes e professores

Rede publica de ensino de SP está sem auxilio psicologico
Rede publica de ensino de SP está sem auxilio psicologico

Estudantes e professores da rede estadual de ensino de São Paulo (SP) estão desde o dia 25 de fevereiro sem o serviço de auxílio psicológico, que só deve voltar a estar disponível em maio.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) encerrou o contrato com a empresa que fornecia o serviço através de sessões online, antes de renovar com outra empresa.

Dessa forma, o serviço de auxílio psicológico em SP teve que ser interrompido e os estudantes e docentes que precisam do atendimento ficam a espera.

De acordo com o governo de SP, um novo processo ainda está em fase de cotação de preços.

Segundo o secretário da Educação, Renato Feder, disse na segunda-feira, 27, o objetivo é contratar 150 mil horas de atendimento psicológico presencial.

Existe uma lei federal de 2019 que obriga que “as redes públicas de educação básica” tenham “serviços de psicologia e de serviço social para atender às necessidades e prioridades definidas pelas políticas de educação”.

Escolas da rede pública de SP estão sem atendimento do Auxílio Psicológico

O governo de São Paulo se manifestou por nota sobre a situação e disse que considera “fundamental o cuidado com a saúde mental”.

Disse ainda que a partir desse ano o programa será presencial e não mais online.

A recomendação para esse período em que não há atendimento, diz o governo, é que as escolas procurem os serviços de saúde.

Por exemplo, os Caps (Centros de Atenção Psicossocial), e ONGs parceiras, como a Ame sua Mente e o Instituto Mapfre.

Em caso de urgência, escolas têm recebido apoio de parcerias locais, geralmente universidades, públicas e privadas.

Aluno mata professora e fere alunos dentro da escola

Na segunda-feira passada, 27 de março, um aluno de 13 anos matou uma professora e feriu outras quatro pessoas na Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, na zona oeste da capital paulista.

A empresa Psicologia Viva era quem prestava o serviço ao governo paulista, que era feito em grupo.

O projeto se chamava Psicólogos na Educação e faz parte do programa Conviva, criado após o atentado em 2019 na escola Raul Brasil, em Suzano, onde morreram 10 pessoas.

A proposta do programa era desenvolver atividades para melhorar a conivência escolar com foco na saúde mental.

Durante os anos de 2021 e 2022 cerca de mil psicólogos prestaram atendimento a professores e alunos da rede pública de SP.

Contudo, em fevereiro o contrato chegou ao fim e o governador Tarcísio de Freitas não renovou o serviço.

Segundo informações do jornal Estadão, o governo paulista disse que o serviço não agradava a atual gestão.

Entretanto, de acordo com um relatório sobre os impactos do auxílio psicológico entregue durante a transição do governo:

“é perceptível que as unidades escolares que fazem uso da totalidade das horas do programa, independentemente de localidade, tamanho ou histórico, têm um grau mais controlado de ocorrências de alta complexidade e se mantém numa média mensal baixa de casos significativos”.

Dados sobre saúde mental de estudantes da rede pública

Ademais, um estudo realizado em 2022 pela Secretaria da Educação de SP em parceria com o Instituto Ayrton Senna, demonstrou que sete em cada dez alunos da rede estadual assumiram terem tidos de ansiedade e depressão durante a pandemia.

Isso não significa que eles(a) tenham necessárias alguma dessas patologias, contudo, devem ser considerados como sinais que exigem atenção.

De 642 mil alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do médio, 440 mil relataram problemas de saúde mental.

Cerca de 20% afirmaram se sentir totalmente esgotados e sob pressão, e 18,1% disseram perder totalmente o sono por causa das preocupações.

Enquanto que 13,6% disseram sofrer de perda de confiança em si mesmos.

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