No dia 13 de março, o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), anunciou uma redução da taxa de juros do empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do INSS de 2,4% para 1,7% ao mês, o que levou imediatamente os bancos privados e posteriormente, a Caixa Econômica e Banco do Brasil, a cancelarem a modalidade de empréstimo.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos não têm condições de pagar os custos de captação de clientes com as taxas de 1,7% determinadas pelo órgão ligado ao Ministério da Previdência
A questão toda foi que Lupi anunciou essa redução dos juros do consignado sem consultar o governo.
Nem mesmo a Casa Civil, sobre a viabilidade da proposta
Assim, diante da situação, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), se reuniu na segunda-feira, 20, com o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) para decidirem sobre a questão.
Redução e aumento da taxa de juros do empréstimo consignado
Durante a reunião entre Haddad, Lupi e a equipe econômica, a pauta foi encontrar uma solução viável a redução dos juros de 2,14% para 1,70%. proposta pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS).
O que ficou decido foi que o taxa de juros do empréstimo consignado vai voltar a aumentar, contudo, o novo valor ainda não decido.
Entretanto, de acordo com a jornalista Miriam Leitão, a nova taxa do empréstimo consignado dos aposentados deve ser de 2% ao mês.
Segundo informações da assessoria da Previdência, a decisão sobre a mudança do teto dos juros precisa ser submetida em uma nova decisão do Conselho.
Que a princípio tem sua próxima reunião marcada para o dia 27 de abril, contudo, é possível a convocação de uma reunião extraordinária.
Enfim, o ministério da Previdência decidiu não se manifestar a cerca da decisão dos bancos de suspenderem o consignado dos aposentados.
Lula dá “puxão de orelha” em ministros
A terça-feira, 14, o presidente Lula se mostrou irritado com o anúncio de projetos do governo feito por alguns dos seus ministros.
Isso porque foram anúncios feitos sem antes consultarem a Casa Civil sobre a viabilidade das propostas.
De acordo com o presidente Lula, “todas as políticas públicas devem passar, necessariamente, por análise prévia do ministro Rui Costa”.
Lula se referia a Lupi e, também, ao ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França.
França anunciou o programa “Voa, Brasil”, que garantiria a alguns grupos passagens aéreas a R$ 200.
“É importante que nenhum ministro e nenhuma ministra anuncie publicamente qualquer política pública sem ter sido acordado com a Casa Civil, que é quem consegue fazer com que a proposta seja do governo”, disse Lula
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