Nessa sexta-feira, 17, tanto a Caixa Econômica Federal como o Banco do Brasil suspenderam o empréstimo consignado para aposentados do INSS.
No dia anterior, outros seis bancos já haviam anunciado a suspensão dos empréstimos dessa modalidade.
A decisão da suspensão do empréstimo consignado aconteceu logo após o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) diminuir as taxas máximas de juros da modalidade.
Com a redução, o teto passou de 2,14% para 1,7% ao mês.
Além disso, também foi determinado um valor fixo dos juros para os empréstimos feitos com o cartão de crédito e cartão consignado de benefício, que é 2,62% ao mês.
“O resultado prático é que hoje a operação dá prejuízo aos bancos”, falou o economista Luís Artur Nogueira em entrevista concedida na sexta-feira, 17.
Governo baixa juros do consignado e bancos suspendem o empréstimo
Na opinião do economista, o governo não deve se meter em questões de economia do país, ou seja, Nogueira acredita que a politica econômica deve ser determinada pelo empresário dono do banco.
Dessa forma, o voto do povo, que foi as urnas votar em projeto econômico, político e social que lhe representa, deve ser ignorado em nome dos interesses dos banqueiros e especuladores financeiros.
Realmente, só pode ser um gênio esse economista, que de acordo com sua visão, o governo acaba atrapalhando toda vez que tenta intervir na economia.
“O objetivo era ajudar os aposentados, reduzindo a taxa de juros, e o resultado final foi que o aposentado não tem acesso a crédito.”
Febraban diz que bancos só fazem empréstimo com juros alto
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os bancos não têm condições de pagar os custos de captação de clientes com as novas taxas determinadas pelo órgão ligado ao Ministério da Previdência
Deve ser verdade mesmo, visto que o lucro líquido dos quatro grandes bancos em 2022 chegou a R$ 93,7 bilhões, o maior montante nos últimos 15 anos.
Chega a ser constrangedora uma declaração dessa diante dos Bilionários lucros que os bancos tem ano após ano.
Portanto, dentro da perspectiva da Febraban, que é a de colocar cada vez mais dinheiro na conta dos acionistas dos bancos:
“os novos tetos têm elevado risco de reduzir a oferta do crédito consignado”.
“O setor financeiro já havia se manifestado ao Ministério da Previdência e ao INSS, afirmando que, neste momento, considerando os altos custos de captação, eventual redução do teto poderia comprometer ainda mais a oferta de empréstimo consignado e do cartão de crédito consignado.”
Tá bom então.
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