Na última sexta-feira, 10, um dos principais banco dos Estados Unidos, o Silicon Valley Bank (SVB), anunciou falência e pegou todos desprevenidos e justamente por se tratar de um banco que tem como principais clientes as fintechs e startups, muitos acionistas e clientes do Nubank acenderam o sinal de alerta.
Após “boatos” de que o SVB estaria falindo, houve uma corrida entre os investidores para retirar os valores investidos e depositados no banco.
A saber, a falência e consequentemente o fechamento do SVB foi anunciada pelo Departamento de Proteção Financeira e Inovação da Califórnia.
Apesar de não ser um banco tradicional e atender principal um perfil especifico de clientes, o SVB é a maior instituição financeira a quebrar desde o colapso do sistema financeiro estadunidense em 2008.
E é justamente essa peculiaridade do perfil de clientes da SVB, que são as startups e fintechs, que levaram os clientes e acionistas do Nubank a se preocuparem.
Visto que, como uma fintech, o Nubank poderia ter investimentos de seus cliente e acionistas na SVB.
Portanto, se fez necessário um esclarecimento sobre os impactos da falência do SVB para os clientes da maior fintech do Brasil, o Nubank.
Nubank se pronuncia sobre impactos da falência do SVB
Dessa forma, logo no sábado, 11, o Nubank se pronunciou sobre o assunto e tranquilizou seus clientes e investidores ao informar que a fintech brasileira não tem nenhum tipo de ligação ou investimentos o Silicon Valley Bank.
“A Nu Holdings Ltd. (Nu Holdings, Nu ou companhia) comunica aos seus acionistas e ao mercado que nem a companhia nem nenhuma de suas subsidiárias têm qualquer exposição ao Silicon Valley Bank”, apontou a equipe.
SVB estava entre os 20 maiores bancos dos EUA
Fundado em 1983, o Silicon Valley Bank é ou foi, um banco especializado no atendimento a startups e fintchs.
A diferença entre uma e outra é que uma startup, de modo geral, atua em qualquer segmento de mercado, como alimentação, tecnologia, vestuário e outros.
Enquanto que uma fintech, atua com soluções voltadas exclusivamente para o mercado financeiro.
Para se ter uma noção da quebrança, o SVB financiava praticamente metade das empresas estadunidenses de tecnologia e saúde, apoiadas por capital de risco.
Apesar de não ser um banco muito conhecido fora das empresas do Vale do Silício, o SVB estava entre 20 maiores bancos comerciais dos Estados Unidos.
No fim de 2022, o SVM possui cerca de R$ 1 trilhão em ativos totais.
O motivo da falência
De acordo com alguns economistas, após o aumento dos juros estadunidenses pelo Federal Reserve, foi o motivo da falência do SVB.
Segundo tais economistas, os custos de empréstimo mais altos prejudicaram as ações de tecnologia que beneficiavam o SVB.
Além da carteira de títulos do SVB estava rendendo em média 1,79%, enquanto o rendimento do Tesouro dos últimos 10 anos foi de 3,9%.
Por conta desse movimento, o capital de risco passou a ter uma queda, o que levou as empresas a retirarem seus investimentos.
Ou seja, teve início a clássica “corrida ao banco” para retirada de todo o dinheiro e consequentemente, a quebra do banco.
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