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Receita confirma roubo de dados sigilosos de desafetos de Bolsonaro

Receita confirma roubo de dados
Receita confirma roubo de dados

As informações a cerca do roubo de dados sigilosos da Receita Federal (RF) pelo ex chefe do órgão Ricardo Feitosa, indicado pelo então presidente Bolsonaro, foi confirma da Receita.

Os alvos de Feitosa foram o empresário Paulo Marinho e o ex-ministro Gustavo Bebianno, ambos ex-aliados da família Bolsonaro.

O procurador-geral da Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, também integrava a lista de vítimas de Feitosa.

Inicialmente o corregedor da Receita Federal João José Tafner foi quem fez a denúncia.

Tafner inclusive disse que chegou a sofrer pressão para arquivar o processo disciplinar contra Feitosa por conta do acesso ilegal aos sigilos dos desafetos bolsonaristas.

Diante da situação, Tafner denunciou o caso para a atual gestão da diretoria da Receita Federal.

O que acarretou na abertura de uma investigação na Corregedoria do Ministério da Fazenda.

Ex chefe da Receita Federal roubou dados de desafetos de Bolsonaro

Feitosa, ex chefe da Inteligência da RF fez cópias das declarações completas do imposto de renda (IR) de Gussem e Bebianno, ambos os documentos são referentes ao período de 2013 a 2019.

Feitosa também teve acesso às declarações do IR de Marinho, do ano de 2008 a 2019, com exceção de 2012.                           

Gussem foi o responsável pela investigação do esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando este ainda ocupava o cargo de deputado estadual.

Enquanto que o empresário Paulo Marinho e o ex-ministro Gustavo Bebianno, ambos eram pró-governo Bolsonaro, mas romperam com a gestão.

Inclusive, Marinho é suplente do deputado federal Flávio Bolsonaro, o filho 01 de “Imbrochavél” ex presidente.

Portanto, Feitosa está sob investigação interna da Receita Federal, por conta do processo disciplinar.

Muito provavelmente vai ser exonerado do seu cargo público e muito bem remunerado.

É incrível como Bolsonaro consegue cooptar uma série de pessoas que estão dispostas a cometer crimes por ele.

Pressão para abafar o caso

De acordo com Tafner, o então secretário da Receita, Julio Cesar Vieira Gomes e o subsecretário-geral da época, José de Assis Ferraz Neto, o pressionaram, ainda em 2022, a arquivar o processo e não punir o ex-chefe de inteligência.

Vieira e Ferraz, que deixaram seu cargos após o fim da gestão Bolsonaro, negam as acusações.

Tafner também acusou, Robinson Barreirinhas, atual secretário da Receita e responsável por abrir a investigação contra Feitosa, de o pressionar a deixar o cargo, que só termina em janeiro de 2025.

Enquanto que Barreirinha alega possível prevaricação de Tafner, ao não ter denunciado o caso anteriormente.

Por fim, em nota divulgada nesta quarta, 01, a Receita Federal reconheceu que há “relato de fatos e eventos que podem, em tese, configurar ilícito a ser devidamente apurado”.

“O relato foi registrado em ata subscrita pelo secretário especial [da Receita] Robinson Barreirinhas juntamente com três servidores da Receita Federal e da Corregedoria do Ministério da Fazenda, que participaram da reunião”, aponta a nota.

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