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Bolsonaro gastou quase R$ 700 mil do cartão corporativo na campanha eleitoral

Bolsonaro gastou R$ 700 mil do cartao corporativo
Bolsonaro gastou R$ 700 mil do cartao corporativo

Para quem dizia que nunca havia utilizado os cartões corporativos durante seus 4 anos de mandato, Bolsonaro (PL) parece sofrer de algum tipo de demência ou problema de esquecimento, visto que só para bancar parte de sua campanha a reeleição, o ex capitão gastou R$ 697 mil do cartão corporativo.

Contudo, questionado sobre a situação, como é de praxe, Bolsonaro e o seu partido, o PL, não deram nenhum tipo de satisfação a sociedade.

A agência Fiquem Sabendo é a responsável por tornar pública a informação

No entanto, o valor real deve ser bem maior do que 697 mil reais divulgados até o momento, visto que ainda existem muitas notas fiscais a serem digitalizadas.

Só durante o período da campanha eleitoral, Bolsonaro usou o cartão corporativo em pelo menos 21 eventos eleitorais.

Foram pagos serviço aéreos, hospedagem, lanches, combustível e até itens de estrutura para seus apoiadores.

Sem contar com os pedidos de lanches feitos pelo aplicativo iFood, além de borracharia para seus seguidores motoqueiros.

O período de compras que compreende esse valor de quase 700 mil reais 12 de agosto de 2022 e 29 de outubro de 2022.

Abaixo veja o extrato das compras feitas pelo ex capitão usando o cartão corporativo somente com eventos de sua campanha eleitoral:

Gasto de Bolsona no cartão corporativo

– 12 de agosto, em Juiz de Fora (MG), R$ 1.400 com serviço aéreo. O gasto foi repetido 4 dias depois;

– 16 de agosto, R$ 750 com serviço aéreo para cumprir agenda de campanha em Ponta Grossa, no Paraná;

– 20 de agosto R$ 91,1 mil com hotel e lanches para ele e seus acompanhantes em Resende, no Rio de Janeiro;

– 24 de agosto, R$ 53,7 mil em hospedagem e lanches, além de R$ 8,65 mil em um único pedido de iFood, em Belo Horizonte;

– 24 de agosto, R$ 30,2 mil em uma motociata em SP e outras agendas de campanha para bancar passagens aéreas, hotel e lanches para ele e seus acompanhantes;

– 27 de agosto, R$ 99 mil em Vitória da Conquista, Bahia, para participar da campanha de João Roma. Os itens descritos são lanches, hotel e até combustível e bateria para a para a motociata;

– 28 de agosto, R$ 7,5 mil reais em hospedagem e lanches durante sua passagem para fazer campanha em Santos;

– 16 de setembro, R$ 23,5 mil em Londrina, no Paraná, com hotéis.

– 24 de setembro, R$ 19 mil em Belo Horizonte, para bancar seu cercadinho.

– 3 de outubro, R$ 1,8 mil em Petrolina, em Pernambuco, Bolsonaro usou para comprar passagens aéreas;

– 4 de outubro, R$ 23 mil reais em São Paulo para mais uma motociata, além de comprar lanches e pagar hospedagem para os acompanhantes do então presidente;

– 12 de outubro, R$ 40 mil em Aparecida, com grades para o cercadinho, bateria, hotel e lanches também foram pagos com o cartão;

– 13 de outubro, R$ 1 mil reais para bancar passagens para um evento de campanha;

– 14 de outubro, R$ 52,5 mil em Duque de Caxias, no Rio, com hotel e lanches durante as agendas eleitorais;

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– 15 de outubro, R$ 32 mil reais durante passagem de Bolsonaro por Fortaleza;

– 18 de outubro, R$ 32 mil em eventos de campanha em Montes Claros, Minas Gerais;

– 18 de outubro, R$ 42,7 mil em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, para pagar hotel, lanche e combustível;

– 21 de outubro, R$ 2,3 mil em São José dos Campos, São Paulo, foram gastos com serviço aéreo;

– 26 de outubro, R$ 63 mil em Teófilo Otoni, Minas Gerais, para bancar hotel, lanches, borracharia e até gradis para o cercadinho.

– 29 de outubro, R$ 35 mil reais em Belo Horizonte com lanches, hotel e combustível.

Todavia, de acordo com lei, apenas o presidente, no caso Bolsonaro, pode ter seus gastos cobertos pelo cartão corporativo durante a período de campanha eleitoral.

E desde que os valores gastos sejam ressarcidos pelo partido, no caso o PL

Entretanto, nenhum dos outros produtos poderia ter sido comprado com o cartão corporativo, de acordo com alguns advogados.

Por fim, segundo reportagem, o PL ressarciu cerca de R$ 4,8 milhões do cartão corporativo do ex presidente.

Isso, referente a transportes e deslocamento do ex capitão para 48 eventos diferentes durante a campanha.

Ou seja, um pouco mais da metade dos compromissos de Bolsonaro.

Como é de praxe, procurados para comentar o assunto, nem Bolsonaro nem PL deram qualquer explicação.

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