Para as próximas semanas, segundo Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento, a equipe econômica irá apresentar uma proposta; tendo o intuito de aumentar a faixa mensal de isenção do Imposto de Renda. Entretanto, em entrevista ao UOL, Tebet deixa claro que a princípio nem todas as faixas da tabela do Imposto de Renda comtemplam-se
“O ministro da Fazenda apresentará para o presidente Lula nesta semana. Mas não é o mexer na tabela toda do Imposto de Renda – essa requer uma segunda reforma, que é a reforma tributária da renda [depois de uma sobre o consumo]. É [uma proposta para] garantir que se atualize a tabela de renda minimamente para o isento.” afirmou a ministra do Planejamento.
Reajuste da isenção
Levando isso em consideração, desde sua campanha à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem afirmado que busca aumentar o limite de isenção do Imposto de Renda. Dessa forma, de acordo com a promessa do mandatário, seria isento do tributo aquele com remuneração mensal de R$ 5 mil.
Todavia, de acordo com o portal UOL, neste ano, não há espaço no orçamento para que a promessa do mandatário se cumpra. Contudo, a medida pode ser realizada de forma escalonada a partir dos 2 mil ainda em 2023. Assim, o impacto nos cofres públicos não seria tão grande.
“[A atualização vai ser feita para] que mais pessoas entrem na isenção do Imposto de Renda. Se vão ser R$ 2.100, R$ 2.200, R$ 2.300, R$ 2.600, se vão ser dois salários mínimos ou um salário mínimo e meio, essa é uma proposta que está sendo gestada no Ministério da Fazenda. Se houver o ok de várias alternativas apresentadas, nós seremos chamados para fazer conta e dar a nossa sugestão também.” explicou Tebet.
Situação anterior a reforma tributária
Segundo a ministra, a alteração na isenção do Imposto de Renda deve sair antes mesmo da reforma tributária.
“Primeiro a reforma tributária sobre o consumo antes de entrar na reforma tributária da renda, onde entre outras coisas, mexe-se na tabela do Imposto de Renda. Mas isso não significa – e não significará – que já não pode mexer [no teto de isenção].” completou Simone.