A estratégia de imagem do Caos na Americanas até com prateleiras vazias, usada pela empresa busca atrair clientes que procuram por promoções. Contudo especialistas em marketing e gestão de empresas afirmam que não é o momento para isto.
Americanas, fios expostos, prateleiras vazias e caos! Estratégia que pode piorar a situação da varejista.
Desde o anúncio do rombo contábil na Americanas, as lojas da varejista passam aos consumidores uma verdadeira sensação de abandono. A estratégia usada pela empresa busca atrair clientes que procuram por promoções e queimas de estoque, mas especialistas afirmam que essa não é uma boa ideia.
A solicitação de recuperação judicial da companhia reacendeu uma discussão antiga sobre o clima da “decadência” em suas unidades físicas.
Conforme usuários em redes sociais: a loja está cheia de prateleiras vazias, corredores bagunçados e falta de produtos.
O Estadão visitou lojas da Americanas e nesse sentido notou a falta de produtos e desorganização em diversas seções. Além disso, a equipe encontrou paredes mofadas e até fios elétricos expostos.
Resposta da empresa por meio de uma nota:
“segue operando normalmente, mantendo seu propósito de entregar a melhor experiência”. “Os clientes podem comprar produtos e serviços disponíveis em diversas unidades da Americanas próximas e também no site e app da marca”
A avaliação de um especialista no varejo da SBS, Strong Business School:
O especialista em varejo Ulysses Reis da Strong Business School (SBS), conta que foi verificar a situação de perto e constatou a falta de produtos, “principalmente no caso de itens de maior valor agregado (como smartphones e outros eletrônicos)”.
Por fim ele completa: “Nós também vemos que já existe uma falta de produtos de ‘giro elevado’ (com alta saída), o que já é um sinal de dificuldades de negociar com os fornecedores”.
O professor Reais avalia que a dificuldade em repor estoques pode ficar ainda pior após o pedido de recuperação judicial, já que os fornecedores temem não ser pagos. Até o momento, a dívida anunciada pela empresa está na casa dos R$ 43 bilhões.