Lula irá fortalecer aliança com EUA? Saiba como!
Em entrevista concedida ao jornal “O Globo” ontem (22), o ministro da Defesa, José Múcio.
Afirmou que o presidente Lula (PT) “não perdoou e não perdoará” a invasão de Brasília no dia 8 pelos bolsonaristas.
Além disso, Múcio informou que houve uma tentativa de aproximação entre o ex-chefe do Exército general Júlio César de Arruda e Lula, mas manifestações fora do quartel inviabilizaram essa aproximação.
O general foi afastado do cargo no sábado, 21.
Exército não teve participação nos atos terroristas, afirma Múcio
Ainda na entrevista, Múcio esclareceu que o governo Lula não acredita que os militares brasileiros como instituição foram favoráveis às manifestações que destruíram a capital federal.
No entanto, os envolvidos nas forças armadas que de alguma forma participaram do crime serão severamente punidos.
Múcio descreveu a situação ocorrida na primeira semana de seu governo como “um ato de vandalismo misturado com terrorismo, suspeito de incitação ao golpe”.
Demissão de Arruda teve 2 motivos:
No lugar do general Arruda, o governo Lula decidiu nomear o general Tomás Miguel Mina Ribeiro Paiva como comandante do Exército.
Além do clima ruim causado por uma possível omissão nos atos de Brasília, o ex-comandante é gravemente acusado de tentar manter o tenente-coronel Mauro Cid.
Mesmo após apuração de ilegalidades com a carteira de trabalho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Com isso, houve absolvição e Lula chegou a cassar a nomeação de Cid como comandante do 1º Batalhão de Ação do Comando em Goiânia (GO).
Em entrevista a Natuza Nery, do G1, Lula também afirmou: “Tive até a impressão de que por muito tempo as pessoas seguiram as ordens e instruções dadas por Bolsonaro”.
Segundo o presidente, a investigação seguirá com paciência, sem confronto e com direito de defesa.
No entanto, ele foi enfático ao dizer que “as pessoas serão punidas se provarmos que são culpadas”.
O que diz Múcio:
Em entrevista ao jornal O Globo divulgada assim neste domingo (22.jan.2023), Múcio afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não perdoou e não vai perdoar” as ocupações.
“O presidente quer investir nas Forças Armadas. Mas ele não perdoou nem vai perdoar a ocupação dos acampamentos em frente ao Exército”, disse o ministro.
Múcio também voltou a declarar que o Exército não teve participação nos atos extremistas do de Janeiro.
Mas afirmou que o governo vai punir pessoas das Forças Armadas que tiveram algum envolvimento com as invasões às sedes do Três Poderes.
“Depois, veio o 8 de janeiro, que criou muito problema. Foi um ato de vândalo misturado com terrorismo com suspeita de incitação ao golpe.
Precisamos saber quem são os culpados.
Evidentemente, o Exército não estava por trás daquilo, mas precisa punir as pessoas das Forças que estavam envolvidas naquilo e saber quem ajudou a depredar”, declarou o ministro.
O ministro afirmou ainda que demorou para “tomar a iniciativa” de demitir Arruda e tentou segurar o general até o máximo, mas não “havia clima”.
“Tentei reconstruir essa relação, porque eu vim para pacificar a relação do governo com as Forças.
Senti que não havia clima. Fazíamos reuniões, mas não tinha mais clima”, disse Múcio.