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Ministro do Trabalho volta a sugerir fim do Saque-aniversário do FGTS

Ministro volta a sugerir fim do Saque aniversario
Ministro volta a sugerir fim do Saque aniversario

Novamente questionado sobre possíveis mudanças nas regras de saques do FGTS, mas especificamente sobre a modalidade do Saque-aniversário, o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, enfrentou a questão de frente e mais uma vez, gerou polêmica.

A suspensão do Saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) foi novamente sugerida por Marinho em entrevista publicada na quinta-feira, 19, na Folha de São Paulo.

De acordo com as declarações do ministro, as operações de crédito que utilizam o benefício como garantia são “problema dos bancos”.

“Problema é dos bancos, não é problema meu. Ninguém mandou emprestar. O saque-aniversário esvazia, enfraquece o fundo, e cria um trauma”, disse Marinho.

A saber, modalidade de Saque-aniversário tem origem no governo Jair Bolsonaro.

Como o superministro da (des)economia do ex (des)governo, Paulo Guedes, não sabia o que fazer para criar empregos e injetar dinheiro na economia, o gênio simplesmente resolveu liberar saques dos recursos do FGTS dos trabalhadores anualmente.

O Ministro Luiz Marinho já havia se pronunciado sobre o tema no começo do ano e na ocasião manifestou a intenção de acabar com a modalidade.

Marinho também revelou uma possível negociação com os bancos e instituições financeiras sobre a possibilidade de deixarem de oferecer a modalidade de saque.

Contudo, quem já solicitou o saque poderá realizá-lo normalmente.

Polêmica sobre o saque-aniversário

No início do ano, logo após assumir o Ministério do Trabalho, Luiz Marinho declarou que tinha a intenção de acabar extinguir o Saque-aniversário.

No entanto, no dia seguinte, declarou que o assunto ainda está em discussão junto a sindicados e ao Conselho Curador do FGTS.

Isso levou a um entendimento equivocado sobre a real disposição do ministro de extinguir o Saque-aniversário.

“Não voltei atrás. Eu disse que, como sempre, vai haver debate. Isso vai ser submetido ao Conselho Curador, que se reunirá em março. Mas vou encaminhar para acabar com o saque-aniversário”, declarou Marinho.

“Trabalhadores me ligam, mandam mensagem, dizendo: ‘olha, acaba com esse saque-aniversário, porque entrei nesse engodo’. Quem é demitido não pode sacar o saldo. Deixa o trabalhador na rua da amargura no momento em que ele mais precisa sacar. Ele é opcional, mas está errado. Se o salário não está dando, tem que ir lá fazer campanha, não sacar um fundo para proteger quando da demissão”, acrescentou.

Por fim, sobre os bancos, Marinho declarou que não há motivo preocupação por enquanto, já que pretende chegar a um entendimento “construído no diálogo”.

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