Seria necessário um ajuste no imposto de renda para tributar menos brasileiros. Compreendo!
A mudança na atual tabela do Imposto de Renda foi uma das promessas pré-eleitorais do recém-eleito presidente Lula (PT). No entanto, no curto mandato, os discursos dos integrantes do novo governo colocam em dúvida a possibilidade de um reajuste para este ano, ainda que divergentes em suas opiniões.
Isso porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a reforma tributária pode ser discutida ainda no primeiro semestre deste ano. Por outro lado, Simone Tebet, que chefia o Ministério do Planejamento, disse em entrevista ao jornal O Globo que a reposição da tabela não deve acontecer em 2023.
Durante a campanha, Lula falou em libertar os brasileiros que ganham até R$ 5 mil. Hoje, todos os trabalhadores que ganham mais de R$ 1.903,98 devem pagar impostos.
Simone Tebet CHOCA Com Declarações do Imposto de Renda
Arrecadação reduzida do Imposto de Renda
Segundo Simone, mudar a tabela de impostos para este ano seria inviável porque o governo precisa aderir ao orçamento já definido. Ela destacou que reformas nas regras, como aumentar a abrangência das isenções prometidas pelo presidente da República, provocarão redução na arrecadação do governo.
O ministro disse ainda que a mudança pode ocorrer nos próximos anos, que é apenas o primeiro ano de mandato e que o novo governo deve seguir a proposta orçamentária ao longo de 2023.
Reforma Tributária no 1º semestre
Ao contrário do que defendeu a ministra, Haddad falou que, se depender do governo, uma reforma tributária pode ser votada pelo Congresso Nacional ainda neste primeiro semestre. Conforme aponta o chefe da pasta econômica, o debate sobre a necessidade de alterações nas regras tributárias está “maduro”.
O que diz Lula?
Em recente reunião com a sede do sindicato, o presidente Lula afirmou que a mudança na tabela do Imposto de Renda para isentar brasileiros com renda de até R$ 5 mil ainda é seu desejo.
Petista, porém, disse que é difícil a aprovação da proposta no Congresso Nacional e que é necessária a mobilização do povo brasileiro.
Base de cálculo
Veja cenários com e sem correção da tabela de tributação.
- Sem correção:
Base de Cálculo mensal (R$) | Alíquota | Parcela a Deduzir do IR |
Até R$ 1.903,98 | Isento | R$ 0,00 |
De R$ 1.903,98 até R$ 2.826,65 | 7,50 % | R$ 142,80 |
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 | 15,00 % | R$ 354,80 |
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 | 22,50 % | R$ 636,13 |
Acima de R$ 4.664,68 | 27,50 % | R$ 869,36 |
- Com correção integral:
Base de Cálculo mensal (R$) | Alíquota | Parcela a Deduzir do IR |
Até R$ 4.719,33 | Isento | R$ 0,00 |
De R$ 4.719,34 até R$ 7.006,32 | 7,50 % | R$ 353,95 |
De R$ 7.006,33 até R$ R$ 9.297,60 | 15,00 % | R$ 879,43 |
De R$ 9.297,61 até R$ 11.562,18 | 22,50 % | R$1.576,75 |
Acima de R$ R$ 11.562,18 | 27,50 % | R$ 2.154,85 |