Ministra Simone Tebet disse estar focada em zerar déficit fiscal de 2023, o que afeta diretamente promessas de governo. Veja outros impactos
Assim, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que há espaço no momento para uma mudança na tabela do Imposto de Renda em 2023.
Segundo ela, tal medida vai afetar o orçamento e que, por mais que tenha sido promessa eleitoral do governo Lula, ela enxerga que precisa de uma compensação para ser possível.
Segundo a ministra, essa alteração de planos requer uma decisão política que vai envolver o presidente Lula, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Uma das observações foi, por exemplo, não aumentar o salário mínimo agora, o que evita que mais impostos sejam inventados.
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Tabela do Imposto de Renda
Apesar de enxergar que não existe a possibilidade para reajustes no momento, Tebet não descarta essa janela. Diz, ainda, que o assunto pode voltar a tona em um outro momento durante a gestão.
“Se eu mexo na tabela de Imposto de Renda, eu estou deixando de arrecadar. Eu tenho um orçamento para ser executado esse ano. Por isso que estou dizendo: eu posso fazer isso para o ano que vem, temos quatro anos para isso”, disse a ministra em entrevista ao jornal O Globo.
Para o jornal, ela também fez análises sobre o papel do ministério ao qual faz parte. Para ela, a pasta funciona como base e um suporte que serve aos outros ministérios, e analisa os gastos públicos – seja no que gastar, como gastar, o que for preciso cortar, seja ilegalidades e o que vai contra a legislação.
Ministério foi recriado na nova gestão
Vale lembrar que o Ministério do Planejamento foi recriado no atual governo Lula e tem como uma de suas atribuições justamente o Orçamento Federal. No ministério, Simone Tebet também criou pastas a fim de monitorar as políticas públicas.
Entre os temas que serão trabalhados no ministério, além do reajuste da Tabela de Imposto de Renda, ainda está a reforma tributária. Mas, no momento, assim como todo o governo Lula, o foco está nas perspectivas para a pasta de defesa após as invasões de oito de janeiro.
“É o ano de votar a reforma tributária. Ou é agora ou é nunca”, diz ela, que antecipa que trabalhará “nas horas vagas e depois do expediente” no Congresso para aprovar a reforma junto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a quem chama de “ministro-chefe” da equipe econômica.
Tebet diz que um rombo de 2% do PIB nas contas públicas é “inconcebível” e que o grande recado do início do governo Lula foi mostrar a preocupação em reverter esse quadro. Ela diz que a prioridade é reconstruir o planejamento e o Orçamento no médio prazo.