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Saque-Aniversário do FGTS na Mira de Ministro de Lula

Saque-Aniversário do FGTS na Mira de Ministro de Lula
Saque-Aniversário do FGTS na Mira de Ministro de Lula

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), voltou a defender o fim do saque-aniversário do FGTS em entrevista exclusiva ao Jornal Folha de São Paulo. Segundo ele, o problema fica para os bancos, pois “ninguém mandou emprestar”.

Para Marinho, permitir saques de aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) exauriu recursos e esvaziou fundos que poderiam ser usados ​​para outros fins. Além disso, ele argumenta que é melhor para os trabalhadores se retirarem o fundo totalmente em caso de demissão sem justa causa.

Fim do saque-aniversário do FGTS

O fim dos saques de aniversário do FGTS preocupa instituições bancárias. Na polêmica entrevista de Marinho, o ministro acabou questionado sobre como seriam as operações de crédito para quem usa como garantia o saque-aniversário do FGTS.

Segundo ele, ainda haverá um diálogo com os bancos para encontrar um meio termo. Ou seja, a medida que encerra essa saída poderia ser usada somente em novos financiamentos. No entanto, o que tem despertado a vigilância das instituições que já previam a aposentadoria do saque-aniversário é que Marinho parece não ter essa questão como prioridade ao falar sobre o fim do cronograma.

“Estou preocupado com os trabalhadores, não com os bancos. Evidente que nós vamos precisar levantar o volume que existe. Não vamos fazer uma medida que crie um eventual trauma na economia. É nesse sentido que falo aos bancos que não se preocupem. Agora, muito provavelmente os bancos podem encontrar um jeito de segurar a onda”, afirmou Marinho.

Ministro do trabalho defende pautas polêmicas

O assunto da entrevista de Marinho à Folha não é apenas o fim dos métodos de saque de aniversário do FGTS. Isso porque os ministros do governo Lula à época defendiam a unidade dos sindicatos – visão que, por exemplo, ia contra a tendência de personalização das causas trabalhistas.

Finalmente, ele parece estar aderindo à visão do governo Bolsonaro de um imposto sindical obrigatório, já que se opôs a restabelecê-lo. Sua defesa da retirada do saque-aniversário se baseia no fato de que o FGTS teve sua criação para duas funções. Portanto, seriam elas a criação de um fundo de investimento em habitação e outro em saneamento.

Marinho argumentou que deixar o saque-aniversário do FGTS como possibilidade, impediria o governo de fazer projeções de recursos mais confiantes. Embora tenha dito que a medida não pretendia causar um trauma definitivo na economia, Marinho deixou claro que “os bancos podem encontrar um jeito de segurar a onda”. Para ele, o mais importante é se preocupar com os trabalhadores.