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Anderson Torres, ministro da justiça do governo Bolsonaro é preso

Anderson Torres, ministro de Bolsonaro e preso
Anderson Torres, ministro de Bolsonaro e preso

Neste sábado, dia 14, Anderson Torres retornou de forma antecipada de suas férias na Disney, onde estava em companhia de seu amigo golpista Bolsonaro, direto para a cadeia no Distrito Federal.

Anderson Torres foi recebido por voltar das 9:30 da manhã pela Polícia Federal (PF), ainda no aeroporto de Brasília.

Posteriormente foi levado pelos oficias da PF ao 4º Batalha da Policia Militar (BPM) do Distrito Federal.

Em seguida, será encaminhado para o presidio da Papuda.

O mandado de prisão contra Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, foi espedido na terça-feira, dia 10, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),

A justificativa alegada por Moraes para o mandado de prisão imputado a Torres, alega possível omissão e complacência do então secretário de segurança do distrito Federal, diante da tentativa de golpe de bolsonaristas ao destruírem os prédios dos poderes.

Para piorar a situação de Anderson Torres, logo após o mandado de prisão contra ele ser emitido, a PF fez uma batida de busca e apreensão em sua casa e encontrou uma minuta que propunha uma intervenção no STE alegando irregularidades no pleito eleitoral de 2022 e invalidando as eleições perdidas por Bolsonaro.

O documento foi carinhosamente apelidado de Minuta do Golpe.

A saber, esse documento complica bastante a vida de Anderson Torres e além também de comprometer Bolsonaro.

A situação de Anderson Torres

Primeiramente, importante destacar que o motivo da prisão de Torres foi sua omissão durante a invasão aos prédios dos três poderes.

A Minuta do Golpe, foi uma situação surgida posteriormente ao seu mandado de prisão, que, no entanto, pode ter relação direta com o próprio motivo alegado para a prisão.

Muitos são os indícios da má fé e omissão de Torres nas estratégias das forças de segurança pública do Distrito Federal para a proteção os prédios dos três poderes.

Mas porque haveria omissão de Anderson Torres?

Entenda o caso

Em primeiro lugar, é necessário contextualizar o caso.

Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro é amigo intimo do ex capitão.

Torres, era ministro da Justiça durante os episódios onde a Polícia Rodoviária Federal, subordinada ao seu comando, através da realização de blitz no dia da eleição.

O objetivo era impedir eleitores do Nordeste de chegarem as suas zonas eleitorais.

Torres também esteve ao lado de Bolsonaro, quando em live o ex capitão alegou fraude nas eleições.

Segundo o ex capitão, meia dúzia de rádios não estavam transmitindo sua propagando política.

Ainda como Ministro da Justiça, torres aparelhou a PF para atender os anseios bolsonaristas e utilizou o CAD para investigar instituto de pesquisa que colocavam Lula como vencedor das eleições,

Houve também a situação de inercia da PF diante do caso da bomba colocada por um bolsonarista em um caminhão tanque em Brasília, dias antes da posse de Lula.

Assim como o apoio aos acampamentos bolsonaristas, chamado pelo ministro Flavio Dino de “incubadoras de terroristas”.

Ou seja, Anderson Torres não é uma pessoa confiável e por mais de uma vez participou de atos considerados como tentativa de interferência nas eleições, ou seja, de atos golpistas.

A situação de Anderson Torres

Agora a esses atos se juntam a Minuta do Golpe, que nada mais é do que a prova impresa de uma tentativa de golpe.

Logo após deixar o Ministério de Justiça, Ibaneis Rocha (MDB), governado de Brasília nomeou Anderson Torres como Secretário de Segurança Pública.

Assim, Anderson Torres assumiu a chefia da segurança pública de Brasília, no dia 02 de janeiro.

Mesmo após ser alertado por ministros do STF e políticos da sua base aliada, a não colocar Torres no cargo de secretário de segurança.

Ou seja, Ibaneis não deu ouvidos as conselhos e nomeou Torres.

No entanto, no dia 05, Anderson já estava de férias em Orlando, nos Estados Unidos, muito provavelmente em companhia de seu amigo Bolsonaro.

Onde devem ter assistido de papo cheios todos os acontecimentos vergonhosos do domingo, dia 8.

Contudo, ao sair de férias antes mesmo de começar a trabalhar, Torres desmontou toda a estrutura da segurança pública do Distrito Federal.

Com a estrutura de segurança desmontada, o chefe de férias na Disney e os “patriotas” bolsonaristas inflamados, o resultado todos(a) já sabemos.

Entretanto pessoas poderosas e não somente objetos materiais estão sofrendo as consequências

Também pessoas que permitiram o acontecimento dos atos de vandalismo.

O governador Ibaneis Rochado está afastado do cargo por pelo menos 90 dias,

Além do chefe da polícia Militar de Brasília está preso, também acusado de omissão.

Por fim, com a descoberta da Minuto do Golpe, a situação de Torres ficou bastante complicado.

Parar saber sobre a minuto do Golpe, clique aqui.