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Anielle Franco vai criar banco de dados de profissionais negras para o governo.

Ministra vai criar cadastro de profissionais negras
Ministra vai criar cadastro de profissionais negras

A ex deputada federal e presidenciável Simone Tebet (MDB) foi empossada Ministra do Planejamento e Orçamento do governo Lula 3, na última quinta-feira, 5.

Contudo, Tebet declarou que estava tendo dificuldades em encontrar mulheres negras para compor seu ministério.

Diante da situação, Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, disse que vai criar um banco com currículos de pessoas pretas para disponibilizar a ministros do governo Lula.

Anielle é irmão da vereadora carioca Marielle Franco, assinada pela milícia carioca.

Marielle era sociólogo, preta, favelada e vereadora da cidade do Rio de Janeiro, que virou símbolo nacional na luta contra a violência policial nas favelas cariocas.

Voltando a Tebet, de acordo com a ministra, há uma estrutura social desigual, que insere a mulher negra em uma condição de desigualdade em relação as mulheres brancas.

“Acho que a gente tem que prezar acima de tudo pela diversidade. Estou indo para uma pasta que hoje ainda é extremamente masculina. Quero não só ter mulheres, mas mulheres pretas. E a gente sabe, lamentavelmente, que mulheres pretas normalmente são arrimo de família. Trazer de fora de Brasília é muito difícil”, afirmou Tebet, na ocasião.

Banco de pessoas pretas

Ademais, ambas as ministras já se encontraram pessoalmente e conversaram sobre o assunto.

“Eu já apresentei para Simone Tebet algumas ideias e a gente vai falar mais adiante, eu não posso falar ainda, mas uma delas, por exemplo, que foi ideia do nosso ministério, é a gente ter inclusive um banco de pessoas, currículos, público mesmo, em ligação com ministérios transversais, para que a gente possa vir a preencher todas essas vagas”, explicou Anielle.

Diversidade de raça na composição ministerial

É dessa forma, entrosada com Simone Tebet, que Anielle Franco busca elaborar estratégias para aumentar a diversidade na composição ministerial do governo Lula 3.

“Seguiremos trabalhando para evidenciar os talentos que o Brasil do futuro produz todos os dias. Eles precisam, elas precisam estar do nosso lado”, destacou.

Mulheres pretas no mercado de trabalho

De acordo com um levantamento da Associação Pacto de Promoção da Equidade Racial, o número de mulheres negras com ensino superior passou de 13% para 21%, entre 2010 e 2020.

“Embora a representatividade da mulher negra tenha aumentado no mercado formal brasileiro na última década, elas ainda estão predominantemente em ocupações com menores salários. Vimos aumento da participação, mas relativa estagnação no salário relativo da mulher negra”, afirmou Lucas Cavalcanti, economista do Pacto e um dos responsáveis pelo levantamento ao portal Capital Reset.

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