A Polícia Federal começou a limpar e varrer o Palácio do Planalto para garantir que não houvesse bisbilhoteiros ou que informações vazassem do local. Assim, o Palácio do Planalto é revistado pela PF (Polícia Federal). O alvo são possíveis grampos, deixados ou implantados por aliados anti-Lula.
Entre os objetos visados pela polícia estão aparelhos secretos de gravação de áudio ou vídeo, “pinças”. Com isso, pretende-se identificar objetos instalados nos escritórios da sede administrativa.
O trâmite começou na segunda-feira (2) no gabinete presidencial. Inicialmente, a informação saiu no jornal “O Globo” e, posteriormente, confirmada pela CNN.
Ação da Polícia Federal
Nesta última terça-feira (3), algumas autoridades estatais submeteram-se ao processo de revista. A lista começa pela sala que o primeiro-ministro Rui Costa utiliza na Casa Civil.
Policiais federais também estão procurando itens que possam representar uma ameaça para as autoridades, possíveis explosivos e aparelhos de escuta.
O procedimento é padrão e também foi feito no gabinete de transição utilizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes da posse, o Centro Cultural Banco do Brasil.
Assim, a ação visa impedir e prevenir ações terroristas, anti-partidárias e genocidas que impeçam que alguns eleitos cheguem ao poder e tomem posse. Além do mais, os policiais, caso encontrassem alguns desses objetos, visam impedir que informações confidenciais e sigilosas deixem o Planalto.
Primeiros passos de Lula
O Presidente da República começa a enviar as plantas do gabinete do Planalto após a vistoria de todas as instalações do prédio.
Até lá, Lula continuará trabalhando no hotel onde está morando na capital federal desde o resultado da eleição. Assim, como explicou o analista político Gustavo Uribe, o palácio da Alvorada – residência oficial dos presidentes – passa por revisão também. Isso ocorre antes de Lula e sua família se estabeleçam.
A liderança da operação estava nas mãos de Flávio Dino. Os ministros do novo governo já pediram medidas de segurança em outras pastas.
Na nova gestão, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deve priorizar, portanto, a utilização das instalações do Ministério da Indústria e Comércio na ação.
Dividido entre as funções de presidente e a pasta reconstruída, o vice de Lula deve usar o gabinete do Palácio do Planalto para reuniões.
Assim, Palácio do Planalto é revistado pela PF para permitir que atividades governamentais se iniciem.