Se você usava muito as redes sociais nos anos 2000, provavelmente era dono do Orkut. A rede social era uma das mais populares da época por conta de seus recursos inéditos que tornavam a experiência do usuário sempre muito produtiva. Mas o Orkut está voltando? Confira aqui a resposta do criador!
O Orkut vai mesmo voltar?
O Orkut Buyukkokten, fundador de uma das primeiras e mais populares redes sociais da história, diz não estar satisfeito com o rumo que a plataforma interativa está tomando. Segundo o turco, de 47 anos, algumas mudanças são necessárias na forma como a rede é gerida para valorizar o relacionamento saudável entre os usuários.
Apesar da popularidade e pioneirismo da rede que leva o nome de seu fundador, o Orkut foi descontinuado em 2014 após uma perda significativa de usuários para outras redes que estavam em alta na época, como o Facebook, que era considerado a rede social número um.
Mas afinal, qual a visão atual do criador sobre tudo isso?
Em entrevista à Revista Veja, Buyukkokten fez alguns comentários sobre seu pensamento atual sobre as redes sociais após palestrar na Campus Party em São Paulo.
Questionado sobre o que pensa sobre a plataforma atual, a resposta do criador foi que antigamente o Orkut era uma plataforma criada para fazer novos amigos, e esse objetivo não existe mais.
Isso aconteceu principalmente depois que os avanços tecnológicos mudaram irrevogavelmente o cenário das redes. Para ele, o maior problema é o algoritmo, cujo objetivo é apenas gerar lucro para a empresa, principalmente em um ambiente fortemente resguardado, como é a internet.
De acordo com Buyukkokten, a experiência humana em plataformas de interação social está sendo transformada em dados, e as informações coletadas todos os dias são usadas para construir modelos que preveem o comportamento individual do usuário.
Assim, ele argumenta que a luta pela participação impossibilita a conexão dos indivíduos, que, a seu ver, será o foco principal da web. No final, isso acaba criando um ambiente tóxico composto por ansiedade, depressão, isolamento e diversos outros problemas que afetam a saúde mental dos usuários.
O real futuro das redes sociais
Outrossim, Buyukkokten disse que a partir de agora as redes sociais estarão sempre presentes na vida das pessoas, pois já afetam as relações humanas de forma única, chegando a afetar a política, os governos e as instituições.
Segundo ele, é preciso saber selecionar com cuidado a rede social que se quer visitar com frequência, que deve ser aquela que deixa o usuário feliz ou traz benefícios. Além disso, enfatizou a importância de estar por dentro das notícias mundiais, apoiando jornalistas e meios de comunicação, consumindo conteúdo sério e evitando notícias falsas.