No último domingo, dia 1º de janeiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tomou posse pela 3º vez da presidência da república.
Em uma cerimônia repleta de simbolismos e diante de uma multidão de pessoas, Lula recebeu a faixa presidencial das “mãos do povo”, um grupo de 8 representantes da sociedade cível.
Mas quem são essas pessoas e o simbolismo que está presentado pelo grupo. Entretanto, saberemos mais a frente.
Visto que não podemos deixar de falar do mega presente que Bolsonaro deu a Lula e ao povo brasileiro com sua ausência no evento.
Com ele presente, toda essa representatividade e simbolismo não seria possível.
O povo entrega a faixa presidencial a Lula
A saber, em uma cena histórica que tomou as capas dos principais veículos de comunicação de todo o mundo, Lula subiu a ladeira do Planalto acompanhado sua esposa Janja, seu vice Geraldo Alkmin e esposa, Lu Alkmin, mas também 8 pessoas comuns da sociedade cível, além de um cãozinho vira-lata.
Entre elas estavam uma pessoa com deficiência, uma mulher e um criança negras, o índio Raoni (falaremos mais dele adiante), uma catadora e além da cachorrinha vira-lata chamada Resistência.
Também falaremos sobre sua presença, que também tem um significado simbólico muito relevante.
Dessa forma, abaixo as pessoas que passaram a faixa para Lula:
- 1 – Aline Souza – catadora
Aline é a terceira geração da sua família de catadoras, assim como foram sua avó e sua mãe. Aliás, Aline trabalha de catadora desde os 14 anos.
Contudo, ainda fez parte do Movimento Nacional de Catadoras.
Atualmente, Aline é presidente da Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do DF e Entorno (Centcoop-DF).
Além do mais, também é responsável pela Secretaria Nacional da Mulher e Juventude da Unicatadores e mãe de sete filhos.
- 2 – Pedro Filho, 10 anos
Garoto negro do bairro de Itaquera, periferia da cidade de São Paulo, Pedro compareceu
é filho de uma assistente social e de um advogado que atuam em causas sociais.
Morador de Itaquera, na periferia de São Paulo, é corintiano e campeão de natação. Ele é compareceu ao acampamento “Vigilia Lula Livre” do presidente Lula para lhe desejar o “Bom Dia Presidente Lula”.
A saber, “Vigilia Lula Livre” foi um acampamento montado ao lado da sede da Polícia Federal de Curitiba durante os 568 dias em que o presidente Lula lá ficou preso.
“Bom Dia Presidente Lula” foi a saudação que ficou conhecida durante a “Vigilia Lula Livre”, onde duas vezes por dia, de manhã e a noite, as pessoas se reuniam para desejar “um bom dia e uma boa noite” ao presidente Lula.
Assim, Pedro acabou tendo a oportunidade de encontrar com Lula logo após ter assistido um filme sobre a sua história de vida. Inspirado pela história de Lula, disse acreditar que um dia também pode chegar ser presidente do Brasil.
- 3 – Cacique Raoni, 90 anos
O líder indígena do povo Kayapó, foi atacado pelo por Bolsonaro em 2019, durante sua fala na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, onde chamou o Cacique de “peça de manobra”.
Em 2020, Raoni teve seu nome indicado ao Prêmio Nobel da Paz de por entidades indigenistas e ambientalistas.
Aos 89 anos, o cacique kaiapó Raoni Metuktire é um dos principais porta-vozes da causa indígena em todo o mundo.
A saber, ainda em 2019, se encontrou com autoridades políticas do mundo inteiro, entre eles, por exemplo o presidente francês Emmanuel Macron.
Mas um encontro em particular incomodou o então presidente Bolsonaro, o encontro de Raoni com o Papa Francisco.
A princípio, o Cacique Raoni denunciou a política socioambiental de Bolsonaro ao Papa, o que desagradou o então presidente.
Por fim, o Cacique Raoni tem mais de 50 anos de militância em defesa da preservação da floresta amazônica e dos povos indígenas
- 4 – Weslley Rocha, 36 anos, metalúrgico
Morador do ABC paulista e representante dos metalúrgicos.
Além de ser casado e pais de 2 filhos, Weslley é formado em educação física através do Fies.
Assim como tem formações técnicas em desenho, matemática aplicada, eletricista e comandos elétricos.
Por fim, Weslley ainda encontra tempo para se dedicar a Falange, seu grupo de rap.
- 5 – Murilo Jesus, 28 anos, professor
Representante dos professores, Murilo, que mora em Curitiba, é formado Letras pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
A saber, Murilo já lecionou na Universidad de La Sabana, na Colômbia, além de ter sido bolsista do programa Fulbright como professor de português na Bluefield College, nos Estados Unidos.
- 6 – Jucimara Santos, cozinheira
Paranaense da cidade de Palotina, Jucimara trabalha com culinária.
Primeiramente Jucimara participou uma atividade “Vigília Lula Livre”, na produção de pães. Posteriormente acabou ficando 10 meses cozinhando no acampamento da Vigília.
Atualmente, ela trabalha na Associação dos Funcionários da Universidade Estadual do Maringá (UEM).
- 7 – Ivan Baron, influencer anticapacitista
Ivan sofre de paralisia cerebral, causada por uma meningite viral, diagnosticada quando tinha ainda 3 anos.
Nordestino, do Rio Grande do Norte, Ivan se tornou referência na luta anticapacitista, sendo um dos embaixadores brasileiros na promoção da causa da inclusão social de pessoas com deficiência.
- 8 – Flávio Pereira, 50 anos, artesão
Artesão da cidade de Pinhalão, no Norte do Paraná.
Também esteve presente na “Vigília Lula Livre” e ajudou a equipe que estava no local com atividades do cotidiano durante os 580 dias que o presidente ficou preso.
- 9 – Resistência, cachorra de Janja
Por fim, a cadelinha resistência é uma cachorra viralata que esteve presente em todos os dias da “Vigilia Lula Livre”.
Entretanto a cadelinha não tinha dono e as pessoas da Vigília Lula Libre a adotaram e deram o nome de Resistênciar.
Posteriormente, Janja veio adotar Resistência e hoje o Pet de Lula e da primeira dama.
Portanto foi assim, acompanhado de todas essas pessoas e seus simbolismos históricos, políticos e culturais tão desprezados pelo antigo presidente, que Lula subiu o planalto para dar início ao seu 3º mandato.
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