Em declarações dadas pelo futuro ministro da fazenda Fernando Haddad (PT), ao jornal O Globo, ele afirmou que sua prioridade nesse início de governo será buscar o equilíbrio econômico e fiscal, deixar a casa em ordem.
Assim, a ideia é estruturar corretamente as contas do governo, ao mesmo tempo que faz analises técnicas.
Podendo assim ter a noção exata de qual o melhor caminho para o dinheiro seguir a direção, ou seja, onde o dinheiro deve ser investido.
De acordo com os primeiros relatórios elaborados pela Equipe de Transição, existem muitas despesas do governo consideradas como desnecessárias e sem justificativas técnicas para tais despesas.
Para tanto, as coisas não serão feitas as pressas, atropelando etapas da estruturação inicial. Dessa forma, o Haddad acredita que esse processo de estruturação vá pelo menos até abril.
Segundo os dados obtidos pelo novo governo, foram gasto cerca de R$ 300 bilhões pelo atual governo pra tentar reeleger Bolsonaro, o que representa cerca de 3% do pib brasileiro.
E esse dinheiro já está fazendo falta, a conta já chegou.
Contas do governo
Ainda de acordo com declaração de Haddad, também não se pode colocar exclusivamente esse rombo nas contas do governo apenas nas despesas geradas pela tentativa de Bolsonaro se reeleger.
Mas a desoneração de impostos de forma equivocada e que na prática não teve impacto na qualidade de vida das pessoas.
Os principais afetados por essa desoneração dos impostos foram os estados e municípios, enquanto o governo federal teve aumento de receita.
“O governo tem que dizer ao que veio logo. Arrumar a casa é o item um. Rever desonerações e benesses que foram dadas eleitoralmente e que não têm base técnica nenhuma. Temos que rever os atos desesperados. Isso é uma sinalização clara porque o Banco Central vai responder a ela, os investidores estrangeiros vão responder”, comentou Haddad.
Imediatamente após as declarações de Haddad nessa entrevista, o tal mercado aparentemente ficou animadinho e já foi baixando dólar.
Engraçado, o mercado esperava que Haddad falasse o que? Que ia sair gastando a torto e a direito, sem responsabilidade e preocupação com as contas públicos?
Enfim, de qualquer forma Haddad ganhou pontos com “Sr. Mercado” e agora deve ficar nas graças dos investidores.
Outra fala de Haddad que também agradou muito investidores, foi sobre o déficit primário de R$ 220 milhões que já está previsto no orçamento do ano que vem.
De acordo com o futuro ministro, “esse déficit não vai acontecer”, visto que o estilo de administração de Haddad visa à interação harmônica entre a política econômica necessária para a recuperação brasileira e a política fiscal do Banco Central.
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