Ex-diretor-geral da PRF – polícia rodoviária federal –, Silvinei Vasques. O mesmo que estava sendo investigado por acusações de favorecimento ao presidente Jair Messias Bolsonaro. Isso no período eleitoral. Foi acusado de uso indevido do cargo. Na data de 25 de novembro deste ano. Ainda em novembro, mês das eleições, Vasques havia sido afastado do cargo pelo MPF – ministério público federal –, por “uso indevido do cargo, com desvio de finalidade, bem como de símbolos e imagens da instituição policial com o objetivo de favorecer um dos candidatos nas eleições presidenciais.”.
Por outro lado, de acordo com publicação do diário oficial, a PRF, teria concedido aposentadoria voluntária ao ex-diretor. Que deixou oficialmente o cargo. Silvinei, que já havia sinalizado pretensão de se aposentar, assim que sofresse dispensa de seu cargo. Conseguiu. Tal feito só foi possível graças à regra existente quando ele ingressou na PRF. Regra que possibilita pedido de aposentadoria com 20 anos de atividade policial. Vasques atuava no cargo há 27 anos.
Investigação, aposentadoria, ato político premeditado
Dessa forma, Vasques declarou abertamente seu apoio ao governo Bolsonaro. Isso; em perfil no Instagram. Um dia antes das votações do segundo turno das eleições. A publicação continha a imagem da bandeira do Brasil. E na legenda, lia-se “vote 22. Bolsonaro presidente”. A imagem causou bastante controvérsia, mas foi excluída. Por outro lado, no dia seguinte, enquanto acontecia votação do segundo turno, o ex-diretor-geral estava à frente de uma operação da PRF. Isso na revista de carros em diversas estradas. Essa atividade, que, no dia anterior, havia sido proibida pelo TSE. Eleitores alegaram que tal operação dificultou muito qualquer chegada aos locais de votação.
Por outro lado, Vasques cumpre com tempo de contribuição determinado pela antiga lei de aposentadoria. Pois essa, estipula para homens 30 anos de contribuição. Além de 20 anos de atividade policial. Independentemente da idade. Ele soma 27 anos de serviços prestados como policial. Ou seja, como já escrito aqui neste conteúdo. o já aposentado, coordenou a corporação, durante bloqueios ocorridos em estradas brasileiras. Isso, durante mês de outubro, no segundo turno das eleições. Vasques é investigado, por conta das supostas barreiras que PRF montou em rodovias. Logo, para abordar ônibus com eleitores, principalmente no Nordeste do país. Segundo informações, divulgadas pelo portal O Globo, Vasques decidiu encerrar a carreira antes do fim do governo Jair Bolsonaro. Já que estaria vulnerável a represálias na gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.